HANDMADE
Oficina HANDMADE é um espaço destinado a dicas e curiosidades do mundo dos pedais.
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Sobre o Tom
A Tom Tone Effects surgiu por acaso, na realidade não é minha profissão (até hoje) principal, como tocar guitarra sempre foi uma válvula de escape para o meu corrido dia a dia, vivia insatisfeito com os meus pedais de efeito, isso me fazia a pesquisar muito os setups dos meus ídolos, e acabava meio que frustrado por não encontrar esse ou aquele pedal de boutique aqui no Brasil, ou se encontrava, custava o olho da cara, as vezes os 2 olhos. Algo que sempre me incomodou foi o alto custo que nós brasileiros pagamos para se ter equipamentos e instrumentos de qualidade, lá fora a grande maioria dos músicos iniciam seus estudos e carreiras com equipamentos top, Fender, Gibson, Marshall, etc etc.
E na minha época, uma guitarra Fender era como ETs, muitas pessoas diziam que existia, outras diziam que tinham visto, havia muitas fotos, mas nunca tinha visto pessoalmente, imagine tocar em uma, era um milagre.
O investimento então as vezes não compensava para quem só tocava por lazer e hobby. A solução que encontrei foi montar os meus próprios custom shop. A eletrônica até então tinha ficado na minha adolescência, pois meu rumo me levou à outros ramos de atividades, mas que ainda vivia latente em minha vida.
Sempre procurei os pedais com referência de timbre que me agradavam, e com a ajuda do meu professor de guitarra Kléber K.Shima que me dizia com propriedade se um pedal ou outro soava bem ou não. O Kléber sempre foi um grande incentivador para que eu começasse a vender os pedais, inclusive muitos dos alunos dele compraram meus pedais muito tempo antes mesmo da Tom Tone nascer.
No Final do ano passado resolvi por pura brincadeira criar um facebook da Tom Tone com uma foto de um dos meus pedais, de um dia para o outro apareciam 100 solicitações para adicionar, chegou ao ponto que resolvi unir um desejo antigo de oferecer pedais custom shop compatíveis ao mercado lá fora com preços dentro da realidade brasileira, mas para isso precisaria trabalhar muito e ainda continuo trabalhando muito pois o maior problema aqui é justamente qualidade nos componentes e peças. Acho que estou conseguindo, mas tenho que admitir que é muito difícil.
Eu sempre digo, monto os pedais como se fossem para meu uso próprio, se quero o melhor para mim, quero para os meus clientes com certeza, foi assim e vai ser assim até o fim. Digo que tenho amigos e não clientes, e quem já me conhece sabe que falo a verdade, trato todos como amigos realmente.
FONTE DE ALIMENTAÇÃO – O PULMÃO DOS PEDAIS PARTE 1
PARTE I – FONTES LINEARES X FONTES CHAVEADAS
Resolvi escrever sobre as fontes de alimentação porque tenho percebido certas dúvidas freqüentes sobre fontes lineares e fontes chaveadas, sem contar na eterna reclamação de interferências de rede nos pedais de efeitos.
Esse assunto requer mais que uma simples postagem, mas nessa primeira parte vou procurar explanar de maneira simples e direta as vantagens e desvantagens entre fontes lineares e fontes chaveadas.
A Ideia não é fazer com que se entenda a teoria e a parte técnica, mas sim compreender as diferenças entre ambas e poder aplicar no dia a dia de maneira a obter o melhor rendimento possível do seu setup, mas isso implica em conhecer alguns conceitos básicos.
Primeiramente vamos entender o que é corrente alternada e corrente contínua.
A energia disponível nas nossas tomadas (110V ou 220V) são o que chamamos de corrente alternada, que de forma gráfica podemos visualizar como uma onda senoidal com ciclo positivo e ciclo negativo. (Figura 1)
Figura 1
A energia que alimenta a maioria dos pedais de efeitos (9V, 12V, 18V e até 24V) são o que chamamos de corrente contínua, o que nada mais é do que do que uma corrente alternada reduzida à uma voltagem menor e retíficada (explicarei mais adiante), o que graficamente podemos enxergar como uma linha contínua de tensão uniforme (Reta). (Figura 2)
(Figura 2)
Pode ter ocorrido de algumas pessoas terem conectado fontes de alimentação de corrente alternada nos pedais, tal fato geralmente provoca a queima dos componentes do pedal.
Somente os pedais de efeitos que necessitam de corrente alternada para funcionar é que podem ser conectados com fonte de alimentação de corrente alternada, isso porque geralmente possuem uma ponte retificadora para conversão interna para corrente contínua. (Geralmente pedais valvulados ou pedais antigos).
A tensão reduzida e retificada pode ser fornecida de 2 maneiras básicas: Por baterias ou pilhas ou por uma fonte de alimentação.
As baterias e pilhas representam uma fonte de alimentação limpa, sem interferências por não estarem conectadas à nossa rede elétrica, que diga-se de passagem que é muito ruim, cheio de “parasitas”, ruídos e interferências. A desvantagem desse tipo de alimentação à cadeia de efeitos do seu instrumento é que ela é cara (uma bateria por pedal) e pouco funcional, pois sempre precisamos estar atentos ao fato de quando as baterias estão com pouca carga necessitando serem substituídas, com risco de comprometer uma GIG ou um show por problemas de falta de carga nas baterias. Sim, tal fato que pode às vezes ser solucionado desligando o efeito (no caso dos true bypass) mas o que não podemos fazer quando o pedal em específico não é true bypass e que necessita da bateria mesmo estando no modo desligado para passar o sinal à diante restando somente a opção de retirar o pedal totalmente do setup.
Outra maneira e mais comum utilizada, são as fontes de alimentação, que nos fornecem toda a energia necessária para alimentar nossa cadeia de efeitos.
Até pouco tempo atrás, só existiam fontes de alimentação lineares para essa utilidade. As fontes lineares necessitam basicamente de um transformador para converter a tensão primária (110/220V) para uma tensão menor e mais próxima ao necessário para funcionamento do seu pedal (geralmente de 9V), esses transformadores mesmo para fornecimento de consumo baixo tem a desvantagem de serem volumosos em comparação aos utilizados em fontes chaveadas.
Com o avanço da tecnologia a fonte chaveada que exige um projeto mais elaborado tornou-se mais barato possibilitando a utilização dele em diversos aparelhos eletrônicos.
Além do tamanho e peso reduzidos, as fontes chaveadas conseguem ter um rendimento muito superior em relação às fontes lineares.
Mas então podemos concluir que as fontes chaveadas são as melhores para utilizarmos nos pedais de efeito?
Na minha opnião NÃO. Explico:
As fontes chaveadas são mais suscetíveis a interferências eletro magnéticas (EMI) e ou a ruídos da rede elétrica, Emissão de rádio interferências e ruídos provenientes do chaveamento de alta freqüência.
Para evitar essas interferências são necessárias blindagens e um circuito mais complexo e bem mais elaborado o que acaba por encarecer o produto final.
As fontes chaveadas ao meu ver são ótimas soluções para aparelhos eletrônicos que não sejam tão sensíveis aos ripples do chaveamento, e nem para as interferências, cito o exemplo de carregadores de baterias.
Quando falamos de pedais de efeitos analógicos estamos falando de timbre e de respostas que derivam de vários fatores, tudo é uma somatória: guitarra, captadores, cordas, palhetada, vibrato, cabos, pedais e amplificadores, e tudo isso de alguma forma influencia no resultado final, e a alimentação dos seus pedais ao meu ver não é diferente.
Montei um quadro comparativo entre as vantagens e desvantagens de cada tipo de fonte, levando em consideração às características que interessam no caso dos pedais. (Figura 3)
Novamente reforço que a intenção não é definir qual é a melhor fonte, e sim definir qual é a fonte mais adequada para os pedais de efeitos.
Figura 3
Por essas características na minha opnião as fontes lineares são as mais adequadas para as a alimentação dos pedais.
Sem contar que as fontes chaveadas na realidade não tem uma retificação linear contínua, ela apresenta pequenos picos provenientes ao chaveamento, mesmo depois de retificada na Figura 4 podemos ter um comparativo das formas de ondas encontradas nas fontes lineares e chaveadas, note na onda final que vai para a alimentação do seu pedal, enquanto a fonte linear fornece a tensão contínua (linha reta) a chaveada fornece pequenos picos quadrados provenientes do chaveamento.
Figura 4.
Por isso acredito que os ouvidos mais apurados sintam uma leve alteração no timbre dos seus pedais quando se utilizado fontes chaveadas, se você se deparou com essa sensação, não pense que está ficando louco, isso pode realmente acontecer, uma perda nos agudos, um timbre levemente mais magro, podem ser provenientes da alimentação chaveada, quero dizer que não se trata de voltagem ou potência insuficiente, mesmo estando regulada, filtrada e com a potência adequada, pode ocorrer essa leve alteração.
Outro fator que demonstra minha opnião é a fragilidade da fonte, já presencie fontes chavedas queimarem por motivo de curto acidental dos plugs de alimentação, quando encostaram no chassis dos pedais ou do pedalboard.
Não quero de maneira alguma promover uma caça às bruxas, mesmo porque muitos utilizam as fontes chaveadas e se sentem completamente satisfeitos, mas se estiver encontrado dificuldades em resolver certos ruídos, ou alterações no timbre, aconselho que olhem com certo cuidado para as suas fontes, ela pode estar te fornecendo muito mais que alimentação ao seu setup.
Em outra próxima oportunidade falarei sobre loop de aterramento, alimentação tipo margarida ou individual, e outros assuntos que não entraram nesse post.
O PULMÃO DOS PEDAIS – PARTE 2
TIPOS DE SAÍDAS DAS FONTES
As fontes de alimentação com ramificações independentes e isoladas e sem aterramento comum são os mais apropriados, pois não conectam todos os pedais e os campos de força todos juntos criando um loop de aterramento.
Isso ocorre nos casos de fonte em formato margarida, e ressaltando também a possibilidade de algum mau contato em alguma parte de cabo e dessa forma comprometendo as ligações à frente.
LOOP DE ATERRAMENTO
TERRA, GROUND, MASSA, NEGATIVO E OUTROS PALAVRÕES
Um loop de terra ocorre quando existe mais de um caminho de aterramento. O caminho duplo
forma o equivalente ao loop de uma antena, que muito eficientemente capta as correntes de
interferência. A resistência dos terminais transformam essa corrente em flutuações de
voltagem, e por causa disso a referência de terra no sistema deixa de ser estável, e o ruído
aparece no sinal.
Quando pensamos em alimentação do setup podemos pensar em uma fonte unificada para alimentar todo o setup de pedais que além de ser mais sofisticado pode ser também mais funcional do que se usar uma régua de alimentação e ligar diversas fontes de alimentação em separado. Um detalhe importante a se levar em consideração é o TERRA (GROUND, MASSA, ATERRAMENTO), entenda que TERRA não é a mesma coisa que o NEGATIVO de sua fonte de alimentação, apesar de em alguns casos os 2 estarem ligados juntos.
Portanto de modo simplificado o TERRA
é um caminho condutor da corrente entre um circuito
elétrico para a Terra. O aterramento também garante a proteção aos sinais de modo comum e
seguir o caminho da Terra, local onde ela se anula (cargas opostas se atraem…)
Como exemplo básico podemos citar os raios, eles são uma descarga de cargas positivas que
procuram o caminho à terra, portanto o caminho mais curto entre essa carga positiva à terra
será utilizado como condutor ideal para isso. Esse é um dos motivos de evitarmos as árvores
ou locais altos onde se torna mais curto esse caminho à terra, ou mesmo em um campo plano
no qual o simples fato de estarmos de pé nos torna esse caminho mais curto.
O TERRA então (teoricamente) encontra-se sempre Neutro e a ele atribuímos o valor 0 (zero)
volts e portanto é além de ser uma referência para ponto de medida de potenciais pode ser
também referência elétrica para tensões e sistemas de protenção e escoamento de excesso de
cargas (sobrecargas e sobretensões).
O NEGATIVO (CARGA NEGATIVA) de uma fonte de alimentação nem sempre implica em um valor nominal de 0 (zero) Volts, isso porque ele poderá ter carga negativa (elétrons) na mesma proporção de partículas de seu POSITIVO (CARGA POSITIVA) (Prótons). Por exemplo + 9Vcc e –9Vcc. Note a indicação nas pilhas por exemplo com sinal de + e sinal de -, se o Negativo fosse 0Vcc não haveria necessidade de se indicar carga pois zero não tem carga positiva ou negativa.
Outra informação importante é lembrar o porque do pino de terra em nossos amplicadores, e mais importante ainda nos valvulados ondem as tensões internas chegam aos 500Vac e com o agravante de amperagem muito alta, isso facilmente poderá provocar a marte em caso de choque acidental.
Além de ajudar em muito na redução de ruídos, ele serve como proteção em caso de alguma sobrecarga de tensão em seu equipamento, escoando a tensão para terra pois se torna melhor condutor que seu corpo.
Não é difícil encontrar alguém que já tenha arrancado literalmente esse pino por achar importuno ou incômodo andar com adaptadores, deixando assim “universal”o seu plug de força do amplificador, tal atitude o deixa desprotegido em caso de curto e também não ajudará na redução dos ruídos.
O mais correto nesses casos é ter adaptadores de tomadas, pricipalmente hoje onde as novas normas brasileiras alteraram o padrão nacional de plugs, e como na maioria dos amplificadores apresentavam plug com padrão americano isso já será necessário.
Vale lembrar que o uso desses adaptadores também não significa que o seu TERRA está conectado, pois geralmente esse adaptadores só possuem terminações ligadas somente no pinos de força, o TERRA morre dentro do adaptador.
Na parte III falarei sobre Blindagem e ruídos provenientes das fontes de alimentação e Aterramento, um motivo de tormento para muitos, principalmente quando utilizam muito drives, mas não poderia entrar nesse assunto sem passar por esse assunto antes.
A idéia aqui continua em tentar explicar de maneira simples mas que possa ser compreendida por todos inclusive os mais leigos no assunto, portanto me desculpem aos mais entendidos se utilizei de linguagem e forma muito simples e pouco detalhada.
Espero ter ajudado um pouco para aqueles que procuram melhorar seu setup e tirar o máximo dos seus equipamentos e talento.
Abraço e até a próxima !
Tom (tone)
FONTES DE ALIMENTAÇÃO O PULMÃO DOS PEDAIS – PARTE III
O PULMÃO DOS PEDAIS – PARTE III
BLINDAGEM, RUÍDOS E OUTROS FANTASMAS
Um dos grandes problemas encontrados pelos músicos em busca do som perfeito, são as freqüentes interferências que surgem entre o instrumento e o som final nos amplificadores. Esses indesejáveis ruídos, iniciam-se desde da captação em seu instrumento, passando pelo seu setup e culminando em seu amplificador.
Podemos citar algumas fontes de ruídos
- EMI – Interferência magnéticas
- RFI – Interferências de Radio freqüência (zumbidos, cliques, programas de rádio e hash no áudio)
- Caminhos de Fuga nos terminais de entrada e saída do sinal
- 50Hz/60Hz (rede elétrica)
Um dos grandes vilões desse drama real é o ATERRAMENTO, que em muitas vezes nos traz “Humming” até acompanhado de harmônicos.
Uma guitarra, com problemas no sistema de aterramento pode já gerar uma grande gama de ruídos, lembrando para os amantes dos captadores single coils que o humming natural de seu funcionamento já é um tipo de ruído.
Podemos notar facilmente isso quando não estamos em contato com as partes metálicas da guitarra, quando podemos ouvir um ruído constante que é cortado ao encostarmos nela. Com esse exemplo podemos perceber a importância do aterramento no som final.
Nos deparamos constantemente quando vamos tocar em algum local com uma grandes diversidade de tipos e qualidades de instalações elétricas. Geralmente o que encontramos é tomadas sem aterramento adequado quando não, com tomadas simples sem ligação do terra.
Ouvi muitas pessoas desprezarem o pino do terra (que confesso em muitas vezes nos atrapalha) menosprezando o seu real valor e utilidade. Acontece que as cargas elétricas podem ser negativas ou positivas e sempre procuram um caminho para encontrar cargas opostas. A circulação dessas cargas elétricas, através de uma conexão à terra, evita que a corrente elétrica circule pelas pessoas, evitando que elas sofram choques elétricos. A existência de um adequado sistema de aterramento também pode minimizar os danos em equipamentos, em casos de curto-circuitos. Por isso todo projeto bem elaborado e montado deve ser dotado de um bom sistema de aterramento, o que minimiza os efeitos destrutivos de descargas elétricas e eletrostáticas em nossos equipamentos elétricos.
Outro erro grave é a ligação equivocada do pino FASE e NEUTRO, esse erro em equipamentos mais sensíveis pode provocar grandes danos, pois se estiverem ligados em tomadas diferentes vai criar uma troca de cargas entre os 2 pinos.
A tensão do TERRA se estiver ligeiramente diferente entre 2 equipamentos permite que o “Humming” do 50Hz/60Hz flua pelo seu equipamento gerando o Loop de Terra, é como se tivéssemos uma antena poderosa captando o “Humming”dos campos magnéticos dos cabos de força, por isso o TERRA tem que ser unificado e com o máximo de aterramento possível, evitando assim diferentes valores de TERRA.
O TERRA perfeito tem que apresentar um potencial de zero volt absoluto, e recebe esse nome justamente porque obtemos um terra ideal instalando uma barra de ferro no solo. A Terra é uma fonte inesgotável de elétrons e por isso se algum equipamento sujar essa conexão ela será sempre anulada mantendo sempre o potencial elétrico zero.
Muitos adaptadores simplesmente isolam o terminal de terra (Figura 1), o que na realidade acaba por ser tornar a mesma coisa que retirar o pino do TERRA, o podem acreditar que já muita gente fazer isso !
O correto seria utilizar um adaptador onde se permite conectar-se um fio (Figura 2) e se aterrar à algum local seguro, pode não ser um TERRA ideal, mas com certeza proporcionará uma segurança ao músico.
Esse procedimento poderá já surtir efeitos positivos em relação aos ruídos.
Certamente muitos já se depararam ou já presenciaram alguém tomando choque ao tocar no microfone enquanto está segurando a guitarra, isso ocorre por diferença de aterramento possivelmente entre o amplificador da guitarra e a mesa de som, tal fato é resolvido igualando o terra entre os dois, por exemplo ligando o return do amplificador à uma entrada da mesa, assim os terras se unificariam eliminando a diferença de terras e conseqüentemente o choque.
Você deve estar se perguntando qual é a diferença entre neutro e terra já que os dois teoricamente deveriam ter valores potenciais zero.
O que acontece é que o neutro apesar de ser fornecido com potencial zero à nossa tomada, ao passar por outros equipamentos eletrônicos ligados à ele, pode sofrer vazamento de tensões, “sujando” assim o neutro com alguma fuga de tensão.
Por exemplo, digamos que o neutro por algum vazamento passe a ter 2 volts e não zero, e se medirmos os dois pinos de uma tomada 110 Volts ela passará a ter uma leitura de tensão 108 volts, pois é medido a diferença entre 2 pólos de referência. Os equipamentos elétricos não sofrem com essas pequenas diferenças, mas assim como ocorre vazamento de tensão, o neutro também está suscetível à vazamentos de interferências eletro-eletrônicas que em muitos casos são captados pelos pedais e amplificadores, o que representa uma fonte de ruídos.
Um erro muito comum é a conexão do fio terra ao neutro que tem função diferente. Este procedimento, em vez de proteger, pode agravar os riscos pois muitas vezes acabam transferido tensões vazadas do neutro à ligação do terra e conseqüentemente à toda suas ligações de terra do setup.
Outro ponto de sua cadeia de sinal onde o TERRA pode influenciar nos “Hummings” é os cabos, pois estão sujeitos aos efeitos dos campos magnéticos e eletrostáticos, inclusive irradiados pelas fiações de energia existentes nas próprias paredes, um cabo com boa blindagem deixa seu sinal mais protegido, mas em relação aos cabos vamos tratar como um capítulo à parte.
Espero que com esses 3 artigos eu possa ter esclarecido um pouco sobre um dos maiores problemas enfrentados pelos músicos, nunca é demais eu deixar claro que não estou aqui para esgotar tudo sobre esse tema, e sim ajudar a entender um pouco do que se passa com seu som durante a jornada pelo seu setup de maneira simples e de fácil entendimento.
Um grande abraço à todos!
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